Violência Doméstica: outro mal da pandemia
- Idonea Soluções
- 25 de jul. de 2019
- 3 min de leitura
Atualizado: 24 de ago. de 2020
O novo normal traz mais um tema indispensável e cruel que precisa ser discutido!

Para iniciar nosso artigo sobre violência doméstica, nada mais justo que citar a
principal lei brasileira de proteção ao sexo feminino: a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, Mais conhecida como Lei Maria da Penha.
De acordo com essa Lei, em seu Artigo 5, é discriminado que “configura violência
doméstica ou familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”.
Segundo este mesmo documento, o próximo Artigo descreve que a violência
doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos
humanos.
O porquê desse assunto ser pauta hoje? Vou te explicar.
O agressor mora ao lado Nós já sabemos que a situação da mulher no Brasil não é das melhores. Os números de violência doméstica já eram altos e mereciam olhares de governantes e demais autoridades.
Entretanto, com o início da pandemia do Novo Corona Vírus as mulheres estão passando mais tempo em casa. Isso significa, entrelinhas, mais tempo com seus agressores.
Somente no estado de São Paulo, nesse contexto pandêmico, os atendimentos da
Polícia Militar a mulheres vítimas de violência aumentaram 44,9%, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Os dados revelam ainda que o número de feminicídio – termo de crime de ódio baseado no gênero – subiu de 13 para 19 no estado, resultando em um aumento de 46,2%.
Como saber se estou sofrendo violência doméstica?

Apesar de já termos um padrão para essas agressões (físicas e psicológicas), algumas
mulheres sentem dificuldades em entender que estão passando por violência doméstica.
O padrão que falamos acima é de o agressor sempre colocar a mulher (vítima) como a
principal causa da briga/desentendimento. O agressor comete atos físicos, depois clama por desculpa, bate novamente, mais desculpas... Além desses vícios, é possível identificar algumas estratégias psicológicas que fazem a mulher se sentir culpada e com baixíssima autoestima.
Esse agressor é o próprio marido, na maioria das vezes, mas há casos de namorado,
irmãos, cunhado, cunhada, sogro, sogra entre outros que praticam violência contra uma
mulher.
A própria Lei Maria da Penha diz que os fatores determinantes para se enquadrar nos
moldes dessa lei serão o ambiente (doméstico ou familiar), e que a violência esteja relacionada ao gênero da vítima (mulher).
Seu Artigo 5º descreve que a agressão pode ocorrer:
I – No âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio
permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II – No âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos
que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por
vontade expressa;
III – Em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha
convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.
Quem pode me ajudar?

Como muitas pessoas estão passando mais tempo em suas casas, a percepção dos
vizinhos é de extrema importância. Um dos grandes aliados para combater a violência
doméstica são as redes sociais. Segundo o FBSP, citado acima, quem mora próximo de alguém que está sofrendo violência doméstica tem compartilhado o que viu no ambiente digital.
Ainda de acordo com a entidade, relatos sobre brigas entre vizinhos cresceu 431%
entre fevereiro e abril, no Twitter. Em relação as ocorrências de violência doméstica, as
menções alcançaram 5.583 na plataforma.
Além dessa percepção das pessoas civis, Governo e iniciativa privada têm olhado para
essa situação. O primeiro concretizou o número 180 que é voltado para atendimento das vítimas de violência doméstica. Já para o segundo, cito o exemplo da grande varejista Magazine Luiza que disponibilizou um botão de denúncia em seu site para esses casos.
Como o tratamento psicológico pode lhe ajudar?

As mulheres que conseguem se desfazer desses laços abusivos, saem, normalmente,
se sentindo culpadas e com a autoestima lá embaixo. Situação muito comum graças a todo o envolvimento psicológico realizado pelo agressor.
Manter um tratamento psicológico fará você entender que a culpa das violências
sofridas não foram suas. O mais importante é reconhecer que você estava “hipnotizada” por tudo isso. Em nome do amor permaneceu, mas está te fazendo mal por dentro.
Buscar ajuda lhe fará muito bem e eu estou disponível para te ouvir. Ligue para o fone
(11) 92005.1027 clique aqui e agende uma conversa.







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