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Como cuidar de quem sofre abusos sexuais?

Considerando o assunto dos últimos dias, destinei este artigo para tratarmos mais a

fundo sobre os abusos sexuais.

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Para quem não sabe do que estou falando, uma menina de 10 anos era abusada pelo

tio desde os 6 anos de idade. Ela acabou engravidando de seu agressor e teve o aborto

legalizado pelo Estado. O procedimento foi realizado, o tio está preso e, como se não bastasse, o homem indicou que a menina poderia ter sido violentada por mais duas pessoas próximas – o avô e outro tio da criança.


Pode parecer uma história isolada, mas não é. Segundo dados do Anuário Brasileiro de

Segurança Pública, de 2019, a cada hora, quatro meninas de até 13 anos são estupradas no Brasil. Número assustador, não é?


Apesar da grande maioria dos casos de abusos sexuais acontecerem com crianças do

sexo feminino, os meninos não estão de fora dessa e também precisam ser cuidados.


Como é possível identificar sinais do abuso sexual?

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Alguns pais conseguem declarações da criança que são bem claras quanto aos abusos.

Entretanto, na maioria dos casos, a/o menor não revela o que está passando – muitos deles nem sabe o que significa aquilo. Destaco também que como os casos registrados de abusos sexuais acontecem, na grande maioria, dentro do ambiente familiar ou de pessoas próximas a vítima, o abusador acaba tendo acesso livre a casa e rotina da criança.


Segundo dados da BBC, 95% dos casos desse tipo de violência são praticados por

pessoas conhecidas das crianças. Enquanto que 65% há participação de algum membro da família.


Não existe regra, mas quando uma criança está sendo violentada sexualmente por

alguém existem algumas mudanças que ela pode apresentar e que os pais/responsáveis devem ficar de olho. São elas:


- Mudança de comportamento

Se a criança começa a agir de um jeito nunca antes visto. Começa a apresentar medos

que não tinha antes – como do escuro ou de ficar sozinha. Ou até mudanças repentinas de humor, pois era uma criança totalmente extrovertida e passou a ser introvertida. Busque entender a causa disso tudo.


- Proximidade excessiva

Mesmo que a sensação, inicial, da criança seja de repulsa, o abusador consegue

conquistar sua atenção para praticar o crime. Situações como a criança sumir por muito tempo com um primo mais velho ou se é alvo constante do interesse de membros da família, atenção redobrada.


- Regressão comportamental

Quando a criança passa a retomar comportamento que já havia abandonado, como

fazer xixi na cama ou chupar o dedo é outro sinal de alerta.


- Questões de sexualidade

Esse é um ponto que muitos pais acabam descobrindo os abusos sofridos pelos filhos.

Quando uma criança começa a fazer desenhos com genitais, ou uma “brincadeira” que aborde essas questões, são fortes indicadores que essa criança pode ter sofrido abuso sexual.


Como comentamos acima, não é uma regra. Existem vários outros tipos de sinais que

essa criança pode apresentar e que aciona o alerta para abusos sexuais. O que adultos podem fazer? Sempre ficar de olho em qualquer comportamento estranho dessa criança e defende-la sempre.


Quais as consequências na vida adulta?

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Menores que sofreram algum abuso na infância, tendem a se tornar adultos com

tristeza constante, prostração e sonolência diurna. É muito comum o medo excessivo por adultos, principalmente aqueles do sexo de seu abusador. Outros relatos revelam histórico de fuga, tiques ou manias e baixíssimo amor-próprio.


Tratamento psicológico é uma ótima alternativa

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Se você sofreu abusos sexuais na infância ou descobriu casos com crianças próximas

de você, procure ajuda especializada. Pode parecer clichê, mas você precisa contar isso para

alguém! Entender que você não é culpada (o) irá te ajudar a viver melhor.

Com as crianças isso é fundamental! Seja para ela entender a situação, seja para ter

uma qualidade de vida na fase adulta melhor, cuide da saúde mental dos pequenos.

Eu estou à disposição. Basta ligar para o fone (11) 92005.1027.



 
 
 

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